domingo, 21 de outubro de 2007

Mais um exercício de futurologia - Google, Satélites e Telecoms


Olá pessoal,
A poucos dias eu escrevi um post fazendo um pequeno exercício de "futurologia" sobre como o conceito "GooglePhone" iria mudar o mundo e nossas vidas.
Hoje eu volto com mais uma "viagem" que fundamenta ainda mais minhas "previsões previsíveis".
A maioria das informações sobre o Google disponíveis nesta minha "viagem" são oriundos de informações disponíveis na internet.

Conforme eu havia dito, a grande sacada do Google, que vai tornar a telefonia uma "mercadoria" tão comum e barata que será necessário que às operadoras "coloquem a mão na massa" e trabalhem, ao invés de ficar criando tarifas absurdas, serviços ineficientes e "fazer ouvidos de mercador" com os clientes... É senhores, o modelo Darwinista mostra seu poder no mundo tecnológico também...

Em primeiro lugar, gostaria de lembrar a todos que o Google já tem uma rede Wireless funcionando, GRATUITAMENTE, em toda a cidade de São Francisco - EUA [1, 2, 3]. E, conforme noticiado recentemente, tem a intenção de montar uma rede Wireless em todo o território dos EUA dentro de algum tempo.
Os especialistas dizem que isso pode ser "caro" (US$17Bi) e que o investimento pode não valer à pena. NÃO VALER À PENA??? Esta expresão não existe para o Google, senhores...


Vale à pena, segundo os "moldes tradicionais" dar 4GB de espaço de email para milhões de pessoas em troca de cliques?


Vale à pena hospedar o domínio de milhões de pessoas, dando acesso à espaço de email, calendário corporativo, páginas, aplicativos para criação edição e compartilhamento de documentos e muitos outros recursos em troca de cliques?
Bem, para a "economia tradicional" não vale. Mas para a "Gconomia" (Acho que acabo de cunhar um termo novo) todos estes movimentos tem uma razão de ser e valem cada centavo investido.
Alguém pode perguntar: "Mas Renato, são US$$17 Bi... É muita grana..."
Posso garantir à vocês que não é mais do que US$1,65 bi em algumas linhas de código, que são a essência do Youtube. E olha que o Youtube nem produz conteúdo!!! Ele vive do conteúdo das pessoas comuns, como eu e você...

Estas linhas iniciais servem de base para várias "idéias" interessantes.

Já que o Google está interessado em redes Wireless, significa que ele está interessado em infra-estrutura, ou seja, o Google não quer mais ser apenas o provedor do conteúdo (ou melhor, o distribuidor, porque o Google em si não produz NADA além de ferramentas de gerenciamento de informações e conteúdo!!! Não é lindo???) mas também quer ter o controle das vias por onde o conteúdo será transmitido.

Não é novidade que o Google tem interesse em entrar no ramo da telefonia. Isso já poderá acontecer nos próximos meses, na Europa segundo fontes internacionais na O2.
Acontece que o Google está de olhos nos leilões de espectro do Reino Unido e dos Estados Unidos, e se ganhar estes leilões (dinheiro eles tem) o tão noticiado Gphone pode realmente estar em processo de nascimento.
O que já consta por aí é que existem fortes indícios de que teremos em pouco tempo uma Gtelecom operando no mundo.

Seguindo as linhas de raciocínio até aqui, nós temos uma empresa que criou um novo conceito em propaganda e publicidade online, que não tem medo de investir e está sempre antenada às novidades e as "ondas" do mercado e que em pouco tempo tomou o lugar de muitas empresas que eram líderes em seu negócio, mas que ficaram tão cegas pela sua própria "grandeza" que não tiveram como se defender quando o Google atacou. [1, 2, 3, 4]

Agora, novamente, nos deparamos com um cenário parecido. Só que ao invés de se travar a batalha no ringue da internet, o novo ringue é o das telecomunicações, que tem ligação direta com a internet, ou a distribuição dela.

E não pensem que a briga é unicamente por redes sem fio urbanas ou frequências de redes celulares... Nada disso...
O interesse vai muito além disso.
Segundo as informações, o Google estaria se preparando para a aquisição de empresas de rádio via satélite (Sírius e XM) que possuem 4 satélites Loral FS1300 e/ou para a aquisição da Sprint/Nextel. De qualquer forma, e seja qual for a escolha feita, os desdobramentos tecnológicos são bastante óbvios. Eu acho que não é necessário ser um guru da tecnologia nem um visionário pra perceber os fortes indícios que estes movimentos do Google apresentam.
É fato de que a publicidade em celulares é um negócio tão bom, ou melhor, do que o modelo adotado hoje na internet pelo Google, afinal de contas hoje são mais de 2.9 bilhões de usuários de celulares no mundo, o que representa muito mais do que o número de internautas.

Em uma aplicação prática deste cenário de propaganda móvel, o cliente receberá, no celular, a informação de um show que vai acontecer na cidade (que ele certamente gosta, graças as suas comunidades do Orkut), em uma casa de show próxima à sua residência (graças ao GPS), poderá comprar o ingresso pelo aparelho (graças ao Gpay), entrar no show com o código de barras na tela do dispositivo e depois receber o anúncio móvel de uma promoção do DVD daquele show.É senhores. Uma coisa é certa: Muita coisa vai mudar nas telecomunicações, na internet e na telefonia dentro de alguns meses. No máximo 2 anos. E o principal agente dessa mudança será o Google.
Baseado nas mudanças positivas que ele vem gerando no universo tecnológico até hoje, acredito com fé que o Google irá trazer mudanças positivas e significativas para a maneira como as pessoas se comunicam, tanto online como offline.

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