terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Como conquistar (e manter) um bom emprego em TI

Este tópico vai, com certeza, interessar a muitos dos meus leitores.
Quem me conhece sabe que, até a presente data, eu trabalho no Observatório Nacional no Rio de Janeiro, órgão de pesquisa ligado ao MCT e assim como qualquer contratado (não sou servidor estatutário, ou seja, minha cabeça corre perigo todos os dias) me preocupo constantemente com a possibilidade de ter que voltar as filas de emprego.
Preocupado com isso, resolvi fazer uma pesquisa e gostaria de compartilhar com vocês algumas dicas que encontrei e que achei bastante úteis pra quem quer conquistar e manter um bom emprego em TI.
Vamos às dicas:

1) Inglês é FUNDAMENTAL
Não, não estou perguntando se você sabe ler o manual da impressora. Isso é SUA OBRIGAÇÃO. Estou falando de Inglês de verdade, da capacidade de se comunicar. É necessário de um bom profissional de TI que ele seja capaz de ler e escrever em inglês com fluência (ou próximo disso) pois praticamente TUDO em TI é feito para/pelo público "americanizado". Portanto se você ainda não "se garante" no Inglês, tá na hora de procurar um cursinho depois do expediente para valorizar o currículo.

2) A tecnologia é feita PARA as pessoas, então aprenda a gostar tanto delas quanto dos seus servidores "Dual Core 2 Duo"!!!
Qualquer profissional de TI que tenha a ambição de um dia ocupar um cargo gerencial PRECISA ter talentos humanos, saber interagir socialmente com outros técnicos, analistas, clientes, fornecedores, usuários e executivos. É exigida do profissional de TI uma habilidade socio-política grande porque, em última instância, você está lidando com gente por trás dos teclados e monitores. Ok, eu sei... Usuários burros são piores que prender a glande no zíper, mas eles são a razão de você ter emprego, então pense nisso da próxima vez que for atender aquela tia chata do RH.

3) Certificações dão o "tom" da carreira
Admita: Saber fazer é importante, mas ter no currículo nomes como CISCO, MICROSOFT e RNP fazem muita diferença. Eu mesmo já fiz vários cursos, e nem sempre lembro de tudo. Outro dia tentei configurar um SAMBA no Suse 10.2 "na mão" e "tomei fumo". Tive que recorrer ao Google pra relembrar, mas como estava com pressa, acabei apelando pro YAST mesmo. De qualquer forma, nomes dos "big players" do mercado no currículo não fazem mal à ninguém

4) Formação acadêmica é INDISPENSÁVEL
Antigamente, se o cara tinha 2º grau e datilografia conseguia excelentes empregos. Meu tio mesmo começou desse jeito na ESSO a anos atrás e nunca mais trabalhou em outra empresa! (Ele é meu ídolo, hehehehe) Ou seja: O nivelador das vagas de trabalho eram "baixos" porque haviam muitas vagas à disposição. Com a diminuição das vags de trabalho, principalmente na área de TI, a concorrência ficou acirradíssima, logo se tornou necessário "limar" os candidatos através do quesito "nível superior" (que na minha opinião não prova porra nenhuma - me desculpem os graduados) uma vez que é um grau de "nivelamento" mais alto e com menos concorrentes. Daqui a alguns anos, será comum você ver vagas de trabalho exigindo pós graduação, depois mestrado, depois sabe Deus mais o que!!! ESTUDE!!!

5) Metendo a mão na massa!
Apesar do nível superior ser o elemento "eliminador" nas entrevistas de emprego, nivelando por cima os candidatos, na prática isso não quer dizer nada. Não é porque o cara tem 4 anos de bacharelado em ciências da computação que ele vai saber porque o Servidor Windows 2000 da empresa não permite autenticação a partir de uma máquina nova que acabou de ser colocada na rede com o mesmo nome de outra mais antiga , que foi tirada de operação (e você, sabe porque isso acontece???) . Então "meter a mão na massa" ou seja, experiência prática e vivência de mercado são requisitos importantíssimos na avaliação do funcionário. Ter um diploma superior garante que você poderá ser "levado em conta" pelo RH, mas quem vai decidir pela sua permanência, ou não, na empresa não é o RH mas sim a equipe técnica. Acumular experiência em "empresas-escola" (aquelas que pagam um salário de merda, que te fazem trabalhar igual a uma prostituta e te fazem consertar desde a cafeteira até a mesa do PABX, passando pelos servidores Dual Zeon e pelos switches CISCO com portas queimadas... :) podem não fazer muita diferença curricular, mas fazem uma ENORME diferença na hora que "o bicho pega" e a equipe precisa de mais do que um monte de "diplomas" para resolver os problemas do mundo real!

Bem, estas são algumas dicas que acho que vão ajudá-los muito.
Se alguém tiver alguma dica adicional, poste um comentário e eu terei prazer em publicar.
Um abraço, pessoal.

Atualização:
Conforme pequeno "protesto" de um dos nossos leitores, resolvi citar aqui o link de um artigo do IDGnow no qual me inspirei para fazer a matéria. Àqueles que tiverem se sentido ofendidos, segue me humilde pedido de desculpas e o link: IDGnow

3 comentários:

  1. Caro amigo, essa é uma matéria do IDG Now!, cujo link está abaixo. Você poderia ao menos ter feito a referência.

    http://idgnow.uol.com.br/carreira/2007/02/12/idgnoticia.2007-02-12.2190306906/IDGNoticia_view

    abs

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  2. Prezado,
    Você tem toda razão.
    Esta matéria FOI BASEADA num artigo do IDGnow.
    Apenas os tópicos principais (e não todos) foram feitos com referência ao IDGnow, e se reparar bem, o estilo do post é completamente diferente.
    De qualquer maneira, eu deveria ter tido o cuidado de citar a fonte "inspiradora" do artigo e irei corrigir isso agora mesmo.
    Mesmo assim, gostaria de deixar claro que numa comparação entre os dois conteúdos, você não irá encontrar semelhanças substanciais além dos tópicos.
    E se isso fosse assim tão reprovável, mais de 70% dos escritores de auto-ajuda teriam que ser penalizados, porque a maioria dos livros desta categoria nada mais são do que um "mix-max-resumão-simplificado" do que eles leram em vários outros livros do gênero!!! :)
    Um abraço e obrigado pela visita e pela ajuda.

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  3. Gostei do texto, realmente reflete a necessidade de mercado. Apenas ressaltando a questão humana... Hoje cada vez mais as pessoas se formam e focam seus conhecimentos apenas na questão da tecnologia e se esquecem de que na maioria das vezes quem utiliza o sistema é um ser humano. Tenho visto ótimos programadores quebrando a cara por desenvolverem ótimos sistemas, mas que apenas um outro programador possa utilizar...

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