Quando eu falei sobre isso, o pessoal do MIT ainda estava com um protótipo das "microturbinas" e não tinham nada de funcional, mas agora parece que o negócio está ficando sério.
Dêem uma lida nessa notícia, retirada do FórumPCs
Apesar de não ser engenheiro e entender muito pouco dos aspectos técnicos envolvidos nestas coisas, já deve ter dado para notar meu interesse por energia alternativa. Já falei aqui sobre células combustíveis, microgeradores, supercapacitores, capacitores de plástico e sobre o Tesla Roadster, o carro elétrico com baterias de notebook que acabou virando matéria de quatro páginas na edição deste mês da Revista Connect.
Pois nos últimos dias, li a respeito de dois novos desenvolvimentos em algumas dessas tecnologias e achei que valia a pena revisitar o assunto aqui no Fórum. Curiosamente, ambas as novidades têm o dedo do Massachussets Institute of Technology, o MIT. Uma porque está sendo desenvolvida lá e foi assunto de uma matéria no SciTini, um site produzido pelos alunos do Centro de Jornalismo Científico da Universidade de Boston. Outra, porque chegou ao meu conhecimento graças a uma matéria no site da Technology Review, uma revista do MIT que eu totalmente recomendo para quem gosta de tecnologia além dos computadores e afins. Vamos a elas?
Primeiro, as microturbinas
As pastilhas ampliadas na imagem acima (repare na moeda para ter noção de escala) são compostas de seis camadas de silício e produzidas de modo bastante semelhante à fabricação de um componente qualquer dos nossos PCs. Mas podem ser usadas para colocar um satélite em órbita ou alimentar um notebook por 30 horas, sem reabastecimento!
Se o seu objetivo for lançar um satélite, o componente que lhe interessa é o micromotor de foguete da foto, baseado em uma tecnologia desenvolvida para mover aviões de reconhecimento teleguiados. Segundo Alan Epstein, especialista em micro-sistemas eletromecânicos do MIT e pai da criança, será possível empilhar vários desses motores para levar ao espaço um foguete de dois metros de altura, por exemplo.
O que mais me interessou, no entanto, foram as microturbinas citadas na matéria. Semelhantes em tamanho aos componentes da foto e fabricadas da mesma maneira, elas usariam um combustível gasoso para girar a turbina a 20 mil RPM - dez vezes a velocidade da turbina de um avião a jato - gerando 10W de potência.
Por serem bem menores que a bateria de um notebook atual, sua adoção deixaria bastante espaço livre para o combustível (proporcionando um enorme ganho de autonomia) ou permitiria o projeto de portáteis menores. O já mencionado uso das mesmas técnicas de produção do mercado de chips e afins garantiria a economia de escala para tornar os componentes baratos. Tomara!
Depois, os supercapacitores
Lendo um pouco mais sobre o assunto, aprendi que na ficção científica já se falava dos batacitores, misturas de baterias com capacitores que parecem ter inspirado as aplicações dos tais capacitores capazes de armazenar grandes quantidades de energia. Na vida real, graças à nanotecnologia ou a polímeros especiais, como já descrevemos aqui. A novidade é que sua primeira aplicação prática deve chegar ao mercado este ano... mas isto é assunto para a próxima coluna.
Espero que seja realmente feito algo novo, afinal de contas, minhas baterias de litiun-Ion já estão ficando cansadas. Muitos anos de trabalho estão deixando-as estressadas!!!
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