domingo, 8 de março de 2009

Direitos Humanos são para Humanos Direitos

Para começar este artigo, gostaria que vocês dessem uma lida neste artigo, que saiu num jornal qualquer, de um lugar qualquer, mas que marcou minha cabeça hoje de manhã:

Segue abaixo, o texto em formato mais claro para a leitura:

Carta enviada de uma mãe para uma mãe em SP, após noticiário na tv:

De mãe para mãe…

Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em SãoPaulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado.
Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência.
Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc…

Eu também sou mãe e,assim, bem posso compreender o seu protesto.
Quero com ele fazer coro.
Enorme é a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.
Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família.
Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.

Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma videolocadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.
No próximo domingo, quando você estiver se abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo

Ah! Ia me esquecendo: Mesmo ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu? Que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.
A única coisa que eu não entendo é porque, neste tempo todo, nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas’Entidades’ que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar ‘Os meus direitos’ !’

Esta é a carta de uma mãe paulista escrita à mãe de outro jovem. Uma (a que recebeu a carta) mãe de um jovem "internado" na Febem. A outra, mãe do jovem que o filho da primeira matou!
Vivemos hoje numa sociedade hipócrita, burra e de valores invertidos. Os jovens podem, aos 16 anos, votar e assim ajudar a definir o destino político do nosso país, isso sem ao menos saberem o que faz cada um dos líderes políticos por eles eleitos ou o que há por trás de cada cargo políticocom relaçãos aos seus deverem com a sociedade. Além disso, já há interesse em permitir que os jovens de 16 anos - mesmo não sendo penalmente imputáveis - possam tirar carteira de motorista e dirigir seus próprios carros e motos. (Fontes: 01, 02 e 03
Nossos jovens querem liberdade sem responsabilidade e liberdades sem compromissos. Como foi sabiamente dito no filme "Homem Aranha": 
mas parece que certos, pais, educadores, advogados, juízes e políticos estão esquecendo deste pequeno detalhe!
Hoje em dia os jovens cometem crimes com a certeza da impunidade. Já está mais do que provado que as tais "Entidades de Correção" não só não recuperam os jovens como os transformam em elementos ainda mais perigosos para a sociedade. E se entre os jovens "pobres e carentes" a situação é ruim, entre os chamados "filhinhos de papai" ou "pitboys" a situação é ainda mais grave: Além de terem a certeza da impunidade com a qual a nossa justiça "presenteia" todos os menores infratores, estes ainda contam com a larga proteção e "compreensão" dos seus papais e mamães, que muitas vezes deveriam ser os primeiros a tomar a atitude de corrigir seus filhos, mas por terem falhado MISERAVELMENTE na missão de serem pais e educadores, suportam (e algumas vezes apoiam) as atitudes criminosas dos seus "inocentes e despreparados filhinhos".
A única coisa que posso dizer é que pra mim, bandido bom é bandido morto, não interessa a cor, a raça, o tamanho, a idade ou a condição social.

2 comentários:

  1. Pois é Renato, cadê os direitos humanos dos humanos direitos ? Parabéns pela qualidade do artigo ! Gosto muito dos artigos de ótima qualidade do seu Blog.
    Já está pronto e funcionamento nosso Curso de Analista de Suporte Técnico. Quando tiver uma oportunidade, faça-nos uma visita. Antonio B Duarte Jr.

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  2. Renato, gosto muito de tecnologia e navegando por aí esbarrei no seu blog. O conteúdo técnico é muito bacana e interessante. No entanto, seria legal se vc repensasse um pouco essa sua postura "bandido bom é bandido morto". Já fui assaltado e realmente o sentimento de revolta é muito grande. Durante muitos dias sonhei que encontrava o desgraçado e fazia ele pagar pelo que fez. Queria ter uma arma e enfiar uma bala na cabeça do ladrão fdp!
    Mas não é assim que as coisas são. Esse tipo de atitude não resolve as coisas, apenas as tornam piores e aumentam o banho de sangue, dor e infelicidade. quantos jovens da periferia já morreram executados pela polícia sem direito a julgamento? Na Alemanha de Hitler o bandido era o judeu. Durante muitos anos no sul dos Estados Unidos o bandido era o negro.
    Seguindo essa lógica de bandido bom é bandido morto é o próximo passo é comprar uma arma e sair atirando em quem, na nossa opinião, é bandido.
    desculpe a enchenção de saco mas acho difícil ler um texto como esse e simplesmente fechar a aba do browser.
    Talvez vc ou alguém da sua família tenha sofrido algum tipo de violência e aí realmente fica difícil a gente ter uma visão mais lúcida das coisas no meio da raiva e da dor.
    Espero de coração que vc consiga repensar nessa postura e que todos façamos o possível para viver em uma sociedade mais justa e igualitária.
    um abraço!
    Caio

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